“A obediência a Deus nos aproxima da nossa salvação. Nessa Eucaristia temos o convite para entendermos a mesma verdade do salmista que diz: ‘Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação’. Mas grande também é a catequese do apóstolo Paulo ao nos dizer que a figura desse mundo passa, isso significa que a nossa verdadeira realização está em sermos quem somos de verdade: filhos e filhas de Deus. Mas o pecado nos torna incoerentes e infiéis com a vocação recebida e, por isso, temos a necessidade do perdão de Deus. No sacramento da confissão conseguimos sentir a força da prece do salmista: “de mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor”. Durante esse ano litúrgico teremos a oportunidade de meditar o Evangelho de Marcos. Hoje, ouvimos que o Senhor caminha à beira do mar da Galileia chamando André e seu irmão Simão, João e Tiago, filhos de Zebedeu. Os apóstolos ao ouvirem o convite do Senhor deixaram as redes, a barca e o pai de Zebedeu. Com isso, o Senhor vem ao encontro do nosso grande desafio, da nossa ferida: renunciar. A renúncia é uma realidade necessária no seguimento a Jesus a fim de que esse seguimento seja livre e íntegro. O que nos impede ou quem nos impede de seguir livremente o Senhor quando Ele nos chama pelo nome? Por isso, na presença do Senhor tenhamos uma única coragem, perguntar a Ele o que ainda nos falta. Cristo, na força de Seu Espírito, nos dará a humildade e a pobreza de coração para reconhecermos o que precisamos e, principalmente, o que não precisamos para segui-Lo. Aqui está a sabedoria do salmo, pois hoje terminamos cantando: ‘Ele dirige os humildes na justiça e aos pobres ele ensina o seu caminho’”.

Trecho da homilia do Pe. Dirceu Reis no 3º Domingo do Tempo Comum, em 21 de janeiro de 2024.

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